A querida Sabrina Alves do Clã dos Ciclos Sagrados, promove este ano novamente a "Segunda Vermelha".
Republico aqui minha experiência do ano passado, por ser este meu blog, "novato" no mundo do Feminino Divino.
Pretendo repetir este ano, dia 3 de maio essa vivência.O dia vermelho
Como foi minha segunda vermelha?
Muito significativa em todos os sentidos.
Primeiro devo esclarecer como entendo esta data.
Sou uma fêmea feminista que não vê a menstruação como ápice da feminilidade, a vejo e entendo como parte de um todo sagrado, a mulher. Como indicativo de inícios e fins. A vejo como um momento de passagem que carece muitas vezes de explicações e entendimento.
No outrora não distante eu encarava apenas como um instante no mês. Hoje graças a trocas de pensares e sentires com Iony e Danielle Salles, vejo as coisas de forma mais significativa. No entanto não posso dizer que encare como algo sublime, ápice, como já citei.
A menarca pauta o fim da vida infantil e o começo da etapa longa e fértil no dia-a-dia da fêmea, e isso deveria ser apreendido como algo natural, limpo (em contra mão ao aspecto tosco que lhe regalou o machismo), saudável e claro (sem mistificações dúbias e aterrorizantes).
A menopausa é o outro lado dessa moeda, o fim do período fértil físico, porém em nenhum sentido finalizador de outras áreas profusamente férteis em nossas vidas. E isso também deveria ser amplamente ilustrado, contado, repassado.
Em suma, eu entendo meu sangue como sinalizador de etapas em meus dias. E meu sangue acompanha as lunações, de forma em que calculo meu período fértil pela Lua. Menstruo na Cheia...
Ontem foi especial, por ter me conectado a outras mulheres que neste dia sintonizaram suas energias e as senti de fato!
Eis então que decidi consultar meu oráculo de sempre, de todos meus sempres. E averiguar como entender certos ciclos que vivenciei com uma amizade. Não me assustei ou surpreendi com suas respostas, devo dizer sim, que me fez pensar e refletir. E sentir que de tudo advêm o lado A. Neste caso o amadurecer para quiçá depois retomar de onde ficamos.
O que enfatizo aqui, é que imbuída nessa sintonia feminina, com toda essa energia em ação, acessar o oráculo, me sentir Sibila, ser Sibila, foi algo extremamente forte e normal...
Esta segunda vermelha, então me mostrou que em sincronia, livremente acionada, a mulher pode se quiser, acessar o lado mais denso e profundo, que outros dias passa adormecido.
Celebrei assim, o poder que da união se expõe ao externo, da união entre fêmeas, distantes, e ao mesmo tempo aqui, presentes, palpáveis.
E conclui que este tipo de data-encontro deve ser algo que ultrapasse a anualidade, deve ser mais próximo, mais continuo na linha tempo. Por permitir que muitas de nós, sintam e reflitam sobre o poder.
Não o poder massacrante vendido pelo machismo-patriarcalismo, mas sim o poder maior, que é o de tomar as rédeas de si mesmas e do que nos cerca. O poder de redescobrir em cada uma, um universo infinito de releituras sobre cada uma, de poder deixar vir à tona essa capacidade de ser 'uma metamorfose ambulante' sendo feliz com isso.
Vermelho é vida, seja no útero, nas artérias ou nas veias, nas vestes, nas mentes, é vida, e a vida requer movimento, requer ações, requer ser FELIZ!
Luciana
Oi, Luciana!
ResponderExcluirQue bom que você gostou do blog. Também curti o seu. Curioso que semana passada submeti um artigo que escrevi junto com outras duas amigas, fazendo um paralelo sobre a intolerância derivada do mito da feiticeira com a concepção da loucura. Submeti a uma revista que trata de estudos sobre feminismo e religão. Chama-se Revista MAndrágora. Acho que pode te interessar...
Abraços,
Natália
Creio plenamente em sincronias, nenhum encontro é ao acaso!
ResponderExcluirClaro que fiquei curiosa em saber do artigo!
Um abraço,
Luciana
Cara Luciana,
ResponderExcluirMeu artigo ainda está sobre apreciação. Espero que seja publicado. Mas você pode conferir a revista neste site...
https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/MA/index
Beijo,
Natália