Pages

Website Translation Widget

segunda-feira, abril 19, 2010

Das minhas leituras...

Compartilho com vocês partes dos escritos da autora Teresa Moorey, em seu livro, A Deusa.
Partes que ao meu ver expõem com bastante clareza o como vemos, eu e mais outras esse Reencontro com deidades femininas.
Meus asteriscos ao lado do termo Deusa, se referem ao meu entendimento de ser para politeístas melhor apreendido usar em lugar dele, a palavra Deusas.


" a reaceitação da Deusa* poderia fazer muito para curar as divisões, encorajando-nos a encarar os aspectos da nossa natureza e a pensar profundamente antes de condenarmos alguém ou algo como "mau". No entanto o culto à Deusa* não é um convite para fazermos exatamente aquilo de que gostamos, pois traz consigo uma percepção da teia cósmica, e de como cada ação afeta o todo e afeta a nós. Não há dogma, e a única regra e "não lesar ninguém", mas o ideal é que se tenha uma grande dose de responsabilidade pessoal".

" (...) Além disso, há muitos pagãos radicalmente feministas que pensam na Deusa* isoladamente. Num sentido geral, há um número considerável de mulheres que estão procurando em imagens e histórias da Deusa* uma fonte de inspiração, embora possivelmente não designem a si mesmas pelo termo "pagã". Isso não faz diferença, pois não há catecismo na Deusa* para causar agonias de consciência."

"Descarta a necessidade de sistemas cristalizados, que em vez de criar ordem têm dados lugar a lutas".


" A Deusa* não é um deus travestido. Ela* não está sentada nas nuvens  vestindo um peitoral tamanho P. Como nos velhos tempos, Ela* está dentro de nós e ao nosso redor. Exaltar o Feminino não significa colocar uma mulher, em vez de um homem, na chefia de uma organização; significa uma reavaliação radical de funções e de abordagens que estimule uma cooperação maior. Há muitos caminhos a se explorar nos quais as mulheres podem ser dotadas de maior poder e autodeterminação sem sentir que têm de "tornar-se" homens. (...) Precisamos investigar - com respeito, tentando abandonar nossos velhos padrões de comparação".





Parceria, igualdade, estudo, assunção de posições críticas estão ao meu ver intimamente ligadas à espiritualidade que centra seu foco em um Divino Feminino.

Não há uma simples identificação com formas físicas semelhantes, mas sim o resgate de um lugar dentro do eixo sócio-cultural, econômico-espiritual.
Não é ao meu ver a busca pela exclusão do masculino em nossas vidas, afinal há sim homens maravilhosos que compreendem bem essa nossa sede espiritual, que a compartem e incentivam (vide meu parceiro), e nós as mulheres que construímos esse fazer espiritual, temos plena capacidade de gerar em todo sentido, novos homens, completos com o feminino. Uma nova pequena geração de homens que olham para o feminino com os mesmos olhos das suas progenitoras.

Creio que é assim que essa espiritualidade é construída, é um sistema de parceria, mas com a liberdade absoluta em entender o mundo das deidades como femininas, com a liberdade para celebrar com outras fêmeas. Com a liberdade plena para reconstruir conceitos sociais, lutar pelas mudanças de status quo, com a liberdade de ser, de merecer respeito, de respeitar e refazer nosso mundo.

Obrigada,

Luciana Onofre

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe suas palavras



Textos e imagens aqui elencadas e publicadas refletem minha crença, minhas opiniões. Assim peço sejam respeitados como tal. Lembremos que incorrer em desrespeito público para com assuntos desta índole pode derivar em ações legais.

Luciana Onofre

Share |

)O(

“La Diosa que hay en mi, contempla a la Diosa que hay en ti”