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segunda-feira, maio 03, 2010

Na Segunda Vermelha



A semente nova é fiel. Ela finca raízes mais profundas nos lugares que estão mais vazios. 
Clarissa Pinkola Estes



A forma como escolhi manifestar-me para a Segunda Vermelha tomou alguns rumos que não os mesmos do ano passado.
Este ano senti haver maior espaço para que meu fazer e falar pudessem adentrar no cotidiano de companheiras e amigas de trabalho.
Onde trabalho a mais de 10 anos o universo é na sua maioria feminino.

Presenteei minhas amigas/companheiras de trabalho mais próximas, e com as quais o diálogo sobre o empoderamento da mulher e este dia escolhido para celebrá-lo aconteceu (e senti seguirá acontecendo), com  marcadores de livros vermelhos que confeccionei em linha e crochet. 

O fiz por que somos mulheres leitoras/escritoras e assim irão lembrar sempre do que aquele vermelho é. 

Troquei idéias, pensamentos e dúvidas com elas ao longo de 2 semanas.
E penso eu seja qual for a apreensão que cada uma fez deste dia e do que representa, nenhuma delas passou imune por este processo de falas.

Dentro do conceito que eu dou a este dia, o de assumir o corpo feminino sem medos, receios ou vergonhas plenamente, com todas os seus ciclos, cores e formas, pretendo para o futuro poder dialogar neste parâmetro com meninas púberes ou adolescentes, afim de permitir que outras mais compartilhem a forma "natural" de ver, sentir e encarar a si mesma, com que eu e minha filha temos a sorte de entender o corpo feminino.

Vesti meu altar de Vermelho. Por não entender tal dia como aparte do meu espiritual.








Velas por mim e por minha filha Alícia María
Primeiro Chakra. Lâmina 1 do Tarô Deusa Tríplice. Baralho dos Chakras
Presente de Andrés Felipe, meu filho



Do Baralho dos Chakras (Tarô da Deusa Tríplice)

Primeiro Chakra:  
Função - Sobrevivência e ligação com a Terra.
Cor - Vermelho.
Flor Curativa - Romã.
Pedras preciosas - granada, rubi, jaspe vermelho...

Afirmações:

Eu sinto prazer em estar no meu corpo e em nutrí-lo diariamente. Eu estou ancorada na Terra, ela me oferece uma base segura para meu crescimento futuro. Ando com os pés firmes no chão, com confiança e segurança. Eu manisfesto. Eu confio. Eu acredito na minha abundância.

Grata,
 Luciana Onofre

domingo, abril 25, 2010

Da menstruação, dias sa(n)grados

Arte "Rosa Sangue" de Alícia Onofre* / 2008


Eu participo do meu modo nessa campanha por que entendo esta Segunda Vermelha como um meio desmistifica-dor dos dias vermelhos.
Do mostrar que somos as mesmas menstruadas ou não.
De que não somos seres humanos exóticos e sim humanas .

Luciana Onofre


É sabido que eu (como coloquei no meu texto do ano passado), vejo a menstruação como um ciclo do qual a mulher não deve sentir repulsa ou vergonha.
Que eu não entendo a menstruação de forma divinal. Mas sim como parte nossa, e sendo assim tão nossa deve ser respeitada.

Não posso mudar meu discurso da noite para o dia.

Mas posso acompanhar o ativismo menstrual ofertado pela Campanha Segunda Vermelha, por Sabrina Alves.
Posso divulgá-lo e participar com meus textos, ano após ano.



O faço por que vejo a menstruação, os dias vermelhos como algo natural, mas entendo que há muitos que não, muitas mulheres que ainda hoje evitam falar sobre, ou deixar que os parceiros saibam que estão menstruadas.

Em diversas culturas os dias vermelhos não foram vistos com naturalidade.
Em diversas culturas a mulher é segregada esses dias sob o pretexto de estar em período "impuro"...

Hoje em dia ainda há muitos que evitam o sexo nesses dias.

Eu considero esses dias, dias mais sintonizados com minha sexualidade.

É nesses dias que o sexo é sentido por mim com maior prazer.
Logo não há período de "recesso" para mim.
E se alguém me dissera que meus dias vermelhos são dias de ficar longe do meu parceiro por estar sangrando, certamente esse alguém não seria meu parceiro.

Meu apetite sexual fica aguçado. O prazer é mais intenso. E imagino que isto não ocorra apenas comigo!

Não há como perpetuar a ladainha de dia menstruada = a dia sem sexo, dia de ficar quieta, dia de dor mental, dia de soltar as iras, dia da "desculpa" eterna... por que menstruar não é doença!

Sim, há a TPM, tão famigerada, mas também há meios naturais de melhorar o humor, sabendo que o humor fica mal nesses dias, há ervas, sementes, terapias para ajudar quem padece de TPM.

Logo amarrar a ira, a raiva, a acidez à menstruação, usando como muleta a TPM é fora de moda, é algo muito sem base.

É a mulher a que prolonga a fala negativa sobre seus dias vermelhos, quando usa esses dias como desculpa para não amar, para desabar montanhas de grosseria em quem a cerca, ao lamentar-se infinitamente da sua TPM insuperável.

Menstruar é natural.
Dias vermelhos com sexo são naturais.
Sentir dor nesses dias também pode fazer parte desse ciclo, mas saber cuidar de si, e não ultrapassar com nossas iras a zona de conforto dos outros é respeitar nosso ciclo, é não usá-lo como salvo-conduto para deixar sair o pior que guardamos dentro de nós.

Eu em definitiva sei que não há alguém que possa dizer: Luciana sempre se queixa quando menstrua, Luciana sempre fica terrível mas é por causa da TPM...

E isso passo aos meus filhos: a naturalidade que há em menstruar.

Nos dias que antecedem meu ciclo menstrual eu sinto que a intuição se expande, fico por demais sensível aos outros mundos, muito mais do que em outros dias.
E isso não é Sagrado?
É.

É Sagrado sentir os cinco sentidos mais abertos e aguçados, sentir que meu diálogo com os oráculos é mais forte...
Sentir que meu corpo sente mais prazer nesses dias é muito Sagrado.

Menstruar é natural, depende de você como será sua vivência e leitura dos seus dias vermelhos...
Encarar de forma natural, viver a sexualidade de forma saudável e sem tabú é para mim Arte Sagrada.

Grata,

Luciana Onofre


*Alícia Onofre é minha filha de 9 anos, para quem dias vermelhos é algo normal e assim será quando viver os seus.

quinta-feira, abril 22, 2010

Reclamando el poder de la menstruación (extracto) por Lara Owen

Dentro da temática da "Segunda Vermelha" um texto no qual muitas mulheres podem se identificar.


(colhido aqui


"En otras culturas, en vez de ser ignorada, la menstruación ha sido considerada (y en algunos casos aún lo es) como un tiempo especial y sagrado para las mujeres. La abundancia de símbolos relativos a la mujer encontrados en excavaciones en lugares antiguos de Europa y el Cercano Oriente sugiere de manera enfática que dichas culturas eran matrifocales y reverenciaban a la Diosa y a los procesos del cuerpo femenino. Las prácticas rituales estaban ligadas al sangrado mensual de las mujeres y la sangre menstrual era altamente valorada como poseedora de poderes mágicos. La palabra ritual viene de "rtu", que significa menstruo en sánscrito. En la época anterior al sacrificio de seres vivos, la sangre menstrual se ofrecía en ceremonias. La sangre menstrual era sagrada para los Celtas, los antiguos Egipcios, los Maorí, los primeros Taoístas, los Tantristas y los Gnósticos.
Los Nativos Americanos comprendían muy bien los diferentes sentimientos que las mujeres experimentan cuando menstrúan y para ellos estos sentimientos formaban parte de algo muy importante en los ciclos del cuerpo femenino. Las mujeres se retiraban a un recinto especial a pasar su sangrado. Se le consideraba ser el tiempo en que una mujer se encontraban en el nivel más alto de su poder espiritual, durante lo cual la actividad más apropiada era descansar y acumular sabiduría.La tribu Yurok del norte de California poseía una cultura espiritual muy desarrollada basada en el ritmo del ciclo menstrual para las prácticas rituales no sólo de las mujeres sino también de los hombres. Las mujeres acostumbraban retirarse "en masa" durante la luna nueva por un período de diez días. Durante ese tiempo los hombres se concentraban en el "desarrollo interno", en ceremonias y meditación. Mientras los adultos estaban ocupados acumulando poder espiritual, los niños eran cuidados por los ancianos de la tribu. Todo el trabajo que los adultos tenían que hacer se concentraba en los otros días del mes.
Cuando los hombres blancos entraron en escena, "el mundo se paró de cabeza". Las actitudes hacia la menstruación cambiaron y las muchachas fueron adoctrinadas por sacerdotes en vez de las ancianas de la tribu. En vez de enseñárseles que una vez al mes sus cuerpos se volvían sacros, se les enseñó que se volvían inmundos. En vez de retirarse a un recinto a meditar, orar y celebrar, se les enseñó que estaban enfermas".


Autora: Lara Owen  

quarta-feira, abril 21, 2010

Campanha Segunda Vermelha 2010


Da querida amiga Sabrina Alves do Clá dos Ciclos Sagrados, a campanha em todos seus detalhes.
De la querida amiga Sabrina Alves la campaña Lunes Rojo (activismo menstrual) de este año en todos sus detalles. Participa!
Aquí mi relato del año pasado.

Luciana






Campanha SEGUNDA VERMELHA 2010
1 MILHÃO DE MULHERES CELEBRANDO SUA MENSTRUAÇÃO!!
Porque menstruar intensifica a vida!
Dedicada à reemergencia da Cultura da Mulher. Ativismo menstrual em ação!



Textos e imagens aqui elencadas e publicadas refletem minha crença, minhas opiniões. Assim peço sejam respeitados como tal. Lembremos que incorrer em desrespeito público para com assuntos desta índole pode derivar em ações legais.

Luciana Onofre

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)O(

“La Diosa que hay en mi, contempla a la Diosa que hay en ti”