impera o outono?

Hoje é o começo de duas estações na Terra Brasilis.
Para uns Primavera, para outros, para nós, os que moramos perto da linha equatorial, o Outono.

Sem ir longe o Outono aqui é sentido:

Logo aqui no meu jardim, entrando pelas nossas janelas está o outono. Hoje celebro então esta estação, que em sincronia com meu corpo, alma e vivencias inicializa meu período de "balanço das contas", do que foi feito, do que foi vivenciado, do que ficou por fazer.

A pergunta é: o que foi colhido? o que farei com tudo isso?

Coroando este ciclo, minhas experiências com meu parceiro, tornaram este Alban Elfed um processo de colheitas farto, muitas vezes sofrido, mas completamente positivo, pois há também no sofrido um saldo a ser ganho, na soma dos lados A e B.

Ouvir um "te amo tanto" de quem jamais o disse antes, e junto a isto toda uma abertura da inabordável caixa de Pandora que era guardada dentro dele, permitiu a ambos adentrar num outro estágio, onde eu em particular, o sinto como nunca antes: meu parceiro por inteiro.

Nossa colheita passou por campos áridos, por silêncios profundos, por sóis ardentes, quase exaustivos. Mas hoje, neste dia, ambos sabemos o que fazer com cada descoberta, e foram muitas, as que fizemos este ano que quase chega ao fim.

E sinto folhas ao vento não somente lá fora, mas aqui dentro de mim, sacudindo a terra, minha terra, mudando tons, cores, esperando que esta terra aceite bem meu processo de esperar-o-que-virá-a-ser, em breve.

Grata sempre, Feliz Outono, por que mora também nas cores secas a vida,

Luciana